"I'm gonna science the shit out of the this"
SPOILER PRA TUDO QUANTO É LADO
Eu vinha negligenciando esse post sobre The Martian há algum tempo. Mas essa semana eu resolvi aproveitar que o filme ainda estava em algumas salas e dei uma passada para mais uma sessão de Matt Damon perdido no espaço. E, cada vez mais, tenho certeza que o filme é FODA! Pra mim, já é o filme mais divertido que vi nesse ano (ainda temos algumas dias para isso mudar).
Afinal, o filme é uma grande aventura, claustrofóbica à sua maneira, sempre na eminência de dar uma gigantesca merda. A necessidade da manutenção da combinação água + comida + oxigênio + “não posso deixar isso rasgar” = motivo de tensão durante o filme todo.
Como um bom nerdão, fã de ficção científica (e parece que, de uns anos pra cá, todo ano tem uma das boas, vide Gravity, Interstellar etc.), não pude deixar de dar imensurável valor aos detalhes de todo o roteiro, falas e até design do filme. Como, por exemplo, o uso de Panasonic Toughbooks pela tripulação (por mais que a NASA use Thinkpads na ISS, acho que pra Marte, um Toughbook seria a melhor opção), o conceito de farol nos MAV e no Hab, a “presença” do Pleiades (supercomputador da NASA) com seu nome real e a citação mais que correta da Hohmann transfer orbit.
Junto a isso, a comédia no filme é muito bem colocada, num tom daqueles que você imagina “Já que tô na merda, vou, pelo menos, dar umas risadas”, o que gera situações como quando ele move o combustível radioativo pra dentro do Rover e coloca Hot Stuff pra tocar ou quando ele explica a questão de leis marítimas e como ele é o primeiro pirata espacial, chamado Captain Blonde Beard. Enfim, um porrilhão de situações extremamente engraçadas numa verdadeira situação de merda.
Um item muito próximo da realidade é ver a preocupação da NASA com as relações públicas, sobre como ela vai cativar a população para que, assim, consiga manter seu orçamento suficiente para continuar voando. Afinal, vivemos atualmente uma era na qual a NASA realmente aprendeu o jogo midiático com coisas como twitter da Curiosity ou o Mohawk Guy do JPL.
Ahh, e não podemos nos esquecer do JPL. O filme dá realmente a entender que o JPL é a divisão de loucuras da NASA, um lugar cheio de malucos e estudantes prodígio do Caltech que criam as ideias mais mirabolantes para fazer os planos da NASA realmente darem certo.
Mas o ponto que mais me conquistou no filme foi o fato de a sequência final de resgate ter demorado 12 minutos para chegar à Terra. Então, quando a Terra ouviu a confirmação, Mark Watney já estava são e salvo dentro da Hermes.
Na escala quagliato, 5 corações, a nota máxima: <3 <3 <3 <3 <3
Não deixe de ver esse filme!