Hoje o amor acabou.

Quase 5 anos atrás eu me mudei para Curitiba e junto com isso, uma nova presença começou a fazer parte da minha vida. Dia ia, dia vinha e eu sempre endeusando essa presença. Foi amor a primeira comida e desde lá, sempre que podia, dava uma escapadinha da rotina pra ir comê-la.

Mas hoje, meu relacionamento com a comida do Madero terminou. E terminou de forma triste, pobre, trágica…

Lá no longínquo ano de 2011, eu e meu room mate Sap guardavamos nossos suados dinheirinhos para, uma vez ao mês, pelo menos, irmos ao Madero do Shopping Estação nos deliciarmos com aqueles hamburgueres suculentos, cheios de bacon e com batatas fritas fartas! Era um do nossos objetivos gastronômicos da vida.

Desde lá, muito mudou. A franquia começou a se expandir vertiginosamente, e hoje já possui mais de 10 lojas na capital paranaense. Isso sem contar uma loja na minha amada terra natal, Bauru, e, ainda mais surpreendente, uma loja em Miami. Com boatos de que uma loja em Dubai está a caminho.

Com o aumento da quantidade de lojas e o aumento da quantidade de pessoas contempladas com a possibilidade de devorar essas delícias, o preço (que já não era baixo) subiu e a qualidade caiu. Hoje o madero possui uma fábrica em Pronta Grossa com mais de 130 funcionários e uma produção diária de 51 hamburgueres por minuto. Isso mesmo, CINQUENTA E UM POR MINUTO!

Todo esse crescimento, culminou na minha péssima experiência de hoje. Um hamburguer no qual percebia-se que a carne não havia passado nem uma vez direito pelo moedor, o interior mais assado do que o comum, uma miséria de batas fritas e um pão crocante, mas daquele tipo que só está crocante porque é de ontem ou porque ficou na chapa mais do que devia.

Como diria Michel Temer, “Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo”. É o desabafo de um fã que vê sua devoção ser respondida com “absoluta desconfiança”.

Na escala quagliato, com muita dor no coração, 2,5 corações: <3 <3 </